EFD Social: Porque ela causa medo?

EFD Social: Porque ela causa medo?

Se com outros projetos do SPED já ocorreram alarde e mudança na organização das empresas e escritórios de contabilidade, com a EFD Social não será diferente.

Todos os envolvidos passam por uma carga de stress antes de deixar todos os processos afinados a ponto de transmiti-los com segurança.

Em casos assim costumo recorrer a uma experiência particular, para orientar colegas que estejam passando por dificuldades neste momento, e uso minha participação em dois casos na troca e implantação sistemas ERP para orientar e fazer uma analogia:

A primeira oportunidade foi quando assumi a contabilidade de uma empresa de Engenharia e eles não tinham nenhum tipo de controle informatizado, era tudo em planilhas, isso em 1999.

Foi muito complicado implantar ali uma cultura de organização em torno do ERP, eu também não tinha experiência e às vezes minhas atitudes e reclamações não contribuíam em nada, estava acostumado a fazer a maior parte do trabalho no papel e as empresas também faziam o mesmo.  Então era um desafio e tanto, mas conseguimos, dentro de um período de 6 meses informatizamos todos os processo da empresa, superando  as barreiras da desconfiança, do medo, da mudança cultural e da falta de capacitação para operar os sistemas.

A segunda oportunidade foi quando trabalhei em uma Indústria, e em 2003 trocamos de ERP. Como havia um sistema implantado foi um pouco melhor, mas como era um ERP bastante complexo, devido à atividade da empresa, também houve uma grande mudança cultural, além de barreiras de desconfiança e necessidade de treinamentos, em 3 meses estava concluída a troca.

Com os Projetos da Receita Federal ocorre o mesmo: desconfiançamedo da mudançafalta de capacitação.

Ora, no Brasil além dos empresários que apanham devido à alta carga tributária e burocracia, quem mais apanha? Sem dúvidas são os Profissionais da Contabilidade que necessitam de atualização constante a uma velocidade absurda, diria até que desumana, que precisam reunir informações de todos os agentes envolvidos em um negócio, corrigir falhas e entregar tudo nas mãos do Governo.

Por outro lado, sabemos que nossa profissão mudou muito nos últimos anos, e essas “surras” do governo, têm talhado, profissionais experienteshabituados com todas essas mudanças e exigências novas.

A tecnologia faz parte da nossa rotina há tempos, e facilita muito o trabalho, gerando rapidez e confiança.

Já é do nosso dia a dia que sistemas de contabilidade devem ser atualizados constantemente, não é novidade.

Quantas obrigações eletrônicas são entregues há anos? É Sintegra, DCTF, só pra citarmos duas.

Mas o detalhe que apavora a todos quando se trata de SPED e o grau de organização que a empresa deve ter.

Infelizmente muitos escritórios trabalham com estruturas arcaicas, pessoal mal treinado e desmotivado pela falta de qualificação e salários baixos. Em relação às empresas é até pior, pois o foco é todo no faturamento e controle gerencial é praticamente zero.

Fazer o que então?

Primeiro os “SPED’s”  vieram para ficar e pronto!

Segundo: organização e controles internos rígidos!

Com o SPED Social teremos que cumprir com o correto, avisos de férias dentro do prazo, pagamento de férias dentro prazo, tudo deverá ser registrado conforme a lei. Nada de improviso e na última hora.

Deve-se ter tudo registrado, de acordo com a realidade da empresa. Não tem espaço para o jeitinho – aliás convenhamos que nunca deveria de usar do jeitinho havendo as chamadas “brechas na lei” ou não.

Espero que o artigo tenha sido útil, mágicas não existem, o que devemos é trabalhar de forma organizada, cobrar isto de nossos colaboradores, clientes e principalmente de nós mesmos!

Controles devem ser repensados e revistosCom certeza!

Mas principalmente as atitudes devem ser repensadas e revistas.

Um fraterno abraço!

Alexandre Ferrão

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